> Escritos: Miragens

10.7.07

Miragens

Os teus ombros desnudados e o perfume doce de maçãs verdes
são como um truque de luz,
que entra pelas minhas pálpebras
que se fecham perante o sol que se põe.
Deixa-me chamar-te pelo teu nome;
chama-me o que quiseres.
Quero conhecer-te na rua onde costumas sorrir.
Quero viver na rua em que costumas passar para te ver ir.
Sinto os ossos insuflarem-se
sempre que o teu olhar cai sobre mim,
sinto as veias rebentar com a força do sangue
que ganha velocidade sempre que acidentalmente nos tocamos.
Diz-me só o teu nome;
levarei nos lábios para sempre
essas tuas simples palavras
para onde quer que vá.


RCA