Complementaridades ou Explicações de uma filosofia subjacente
Olho-me ao espelho: gasto, cansado, danificado, incompleto. Alguns adjectivos que poderão classificar a minha aparência e que definem aquilo que sinto ser e que, provavelmente, sou.
Por mais que tente, não consigo forçar a minha imaginação a projectar a imagem de alguém ao meu lado; não, esses tempos já passaram, essas cartas já foram jogadas e a mão foi perdida. Desliguei-me cedo demais e perdi o curso de água que sustentava a minha vida.
Decido-me a viver estoicamente, procurando sempre a tranquilidade mas reconheço-me incapaz de seguir os ensinamentos proferidos por alguém melhor do que eu nisto. Não porque rejeite a filosofia subjacente, mas porque apenas não consigo.
Não consigo conceber uma vida sozinho ao mesmo tempo que não consigo conceber uma vida acompanhado. Não consigo nada e lentamente deixo-me deslizar perante tantos exemplos de coragem e heroísmo.
Pária, inútil, rejeitado, deformado, desdenhável encaixam agora na descrição.
De que me servem as memórias dos nossos maiores se não servem para me erguer dos joelhos e estar de pé perante os ventos que batem impiedosamente? Nunca vem a brisa reconfortante e o ar doce da primavera é somente uma lembrança dos tempos que não voltarão.
O desespero calmamente instala-se; afinal, se não sirvo para mim mesmo, como hei-de, alguma vez, servir para alguém?
Por mais que tente, não consigo forçar a minha imaginação a projectar a imagem de alguém ao meu lado; não, esses tempos já passaram, essas cartas já foram jogadas e a mão foi perdida. Desliguei-me cedo demais e perdi o curso de água que sustentava a minha vida.
Decido-me a viver estoicamente, procurando sempre a tranquilidade mas reconheço-me incapaz de seguir os ensinamentos proferidos por alguém melhor do que eu nisto. Não porque rejeite a filosofia subjacente, mas porque apenas não consigo.
Não consigo conceber uma vida sozinho ao mesmo tempo que não consigo conceber uma vida acompanhado. Não consigo nada e lentamente deixo-me deslizar perante tantos exemplos de coragem e heroísmo.
Pária, inútil, rejeitado, deformado, desdenhável encaixam agora na descrição.
De que me servem as memórias dos nossos maiores se não servem para me erguer dos joelhos e estar de pé perante os ventos que batem impiedosamente? Nunca vem a brisa reconfortante e o ar doce da primavera é somente uma lembrança dos tempos que não voltarão.
O desespero calmamente instala-se; afinal, se não sirvo para mim mesmo, como hei-de, alguma vez, servir para alguém?
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